
Foi em 31 de outubro de 1517, que Martinho Luterob pregou
publicamente suas 95 teses, na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu
apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome
“Reforma”.
Na época, Lutero foi o monge renegado
que desejava reformar os fundamentos da igreja católica. Ele foi considerado
por alguns o destruidor da unidade do que era considerada “a” igreja.
Para outros, Lutero foi um grande
herói, que restaurou a pregação do Evangelho de Jesus e da Bíblia, o reformador
de uma igreja corrupta, possibilitando que o povo tivesse acesso à Bíblia em
sua própria língua.
A Reforma Protestante dividiu a
história do Cristianismo em duas partes levando ao fim o monopólio exercido
pelo Catolicismo Romano e trazendo benefícios, como a liberdade de expressão
religiosa.
Segundo o professor, pesquisador e
líder presbiteriano Rev. Augustus Nicodemus é preciso definir “reformado”.
Nicodemus disse ao The Christian Post
que reformado é aquele que adere a uma das grandes confissões reformadas
produzidas logo após a Reforma Protestante no século XVI, sendo a definição
para a igreja protestante as que estão de acordo com os “cinco grandes pontos
dessa reforma, que são, a Escritura, a Graça, a Fé, Cristo e a Glória a Deus
(Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus e Soli Deo Gloria)” .
Porém, para alguns teólogos, a reforma
realizada por Lutero em 1517, trás a tona a necessidade de uma nova reforma da
igreja atual.
Para o pastor e pesquisador religioso
Johnny Bernardo, atualmente o crescimento desenfreado de grupos religiosos
inspirados em movimentos de confissão positiva e saída de centenas de membros
para fundar ou ingressar em novos movimentos religiosos, evidencia que o
Protestantismo pregado atualmente não tem sido capaz de conter tais
acontecimentos.
De acordo com Johnny, praticamente
todas as seitas surgidas nos EUA nos últimos três séculos foram fundadas por
ex-membros de igrejas protestantes históricas e pentecostais.
O pastor Paulo Siqueira líder do
movimento "Evangelho Puro e Simples", lamenta que a data tenha se
tornado "mais uma data no calendário anual, e muitos não se lembram da sua
real importância", comenta o pastor.
Paulo ainda afirma que é preciso rever
a realidade da igreja brasileira, que segundo ele, vive uma confusão sobre o
que realmente é a igreja de Cristo, e que para muitos tornou-se um local de
entretenimento.
Siqueira comenta que "a reforma
nasce do desejo de uma igreja que reflete ao mundo sua verdadeira vocação, sua
verdadeira missão, sua verdadeira confissão de fé".
Ele acredita que, infelizmente, muitas
igrejas e muitos líderes não refletem a Reforma Protestante, muitos são os
evangélicos que nada sabem sobre este fato. Ele fala que é preciso rever vários
pontos, principalmente no contexto da educação e da formação das lideranças.
"Não devemos nos distanciar da
doutrina dos verdadeiros apóstolos. Em meio a tudo que estamos vendo com a
distorção da verdade e a inversão de valores dentro da igreja, vejo a
necessidade urgente de voltarmos e revermos os verdadeiros valores das
reforma", disse ele ao CP.
"Precisamos de homens e mulheres
que tenham a coragem de serem totalmente dependentes de Deus, só assim teremos
os valores da Reforma refletidos na igreja e na sociedade, só assim teremos uma
igreja que tem autoridade diante do pecado, pois não está aliada aos poderes e
valores deste mundo".
"Não perco a esperança de que um
mundo melhor ainda é possível", conclui.
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