SAINDO DO VENTRE
Li um livro muito interessante e que me trousse uma idéia que acredito ser pertinente para a mensagem de hoje. O livro a Arte de Pastorear – um ministério sem todas as respostas do Pastor de David Hansen. É uma bela indicação para leitura nas férias, já que agente quase não ler durante o período das aulas.
O pastor David conta o momento em que ele resolve contar para o seu pastor que queria ser pastor também ele conta que recebeu uma aprovação morna e um pouquinho de tristeza que mais tarde ele entenderia, daí ele faz a seguinte observação.
“Se a igreja é um ventre que salva e nutre almas solitárias e empobrecidas, achei que ser pastor era entrar no ventre para ficar. Eu queria o calor e aceitação que eu recebia a cada domingo. Queria isso o tempo todo. Interpretei erroneamente o ministério como segurança de tempo integral, ventre da igreja. Ele (meu pastor) sabia que o chamado ao ministério pastoral é um chamado a sair do ventre da igreja, para entrar no papel perigoso e doloroso de se engravidar com a igreja, dar à luz a igreja, de amamentar e criá-la.”
Quero frisar esta afirmação – o chamado ao ministério pastoral é um chamado a sair do ventre da igreja
Este texto me fez lembrar o precursor de Jesus, nos textos de Mateus 3:1-4 e conta a história de João Batista um homem que abriu mão da proteção para viver no centro da vontade de Deus que o chamou, existem vários pontos que poderia tirar da vida de João Batista, porem, quero trabalhar apenas três formas para que como lideres ou pastores estejamos no centro da vontade de Deus.
Para estar no centro da vontade de Deus e preciso...
Sair da proteção do ventre – Mateus 3:1
De quem João batista era filho? (sacerdote Zacarias) Lucas 1:5
Onde ele estava – no deserto
Sendo filho de sacerdote acredita-se que pela linhagem sacerdotal que ele seria sacerdote. E onde deveria estar o sacerdote? (templo), ou seja, debaixo da proteção do templo e dos seus.
Mas ele estava no deserto, lugar de privação.
Estar no centro da vontade de Deus muitas das vezes é sair do ventre da igreja da aceitação e ir para onde Deus manda. Estar onde ele quer.
É muito fácil estar na igreja dando aula, pregando de vez enquanto. Um culto aqui outro ali.
Eu quero te dizer que ser chamado é ser chamado para sair do ventre e estar onde não queremos.
Mas para estar no centro da vontade de Deus é...
Viver na Dependência de dele. Mateus 3:4
Assim como a maioria dos lideres religiosos da época João sendo da linhagem sacerdotal poderia comer do bom e do melhor, porem, não é o que o texto dir.
. Ele se vestia com pelos de camelo – (grosso e áspero) usado pelos pobres que ñ tinham dinheiro para comprar lã.
. Usava cinto de couro ao invés de cintos ornamentais
. Comia gafanhotos, comida de muitos pobres da época.
. Mel silvestre, provavelmente mel de tâmaras.
Ele vivia fora dos hábitos econômicos normal daquele país.
O que se almeja? O glamour da função? Ter um titulo? Ser reconhecido? É só aceitar um ministério se lhe derem carro, casa, salário gordo, pompas e circunstâncias.
Somos chamados a sair do ventre para viver segundo a vontade do pai, na total dependência dele, estando onde ele quer e como ele quer.
Para viver no centro da vontade de Deus também é
Ter uma mensagem a dizer, vivendo. Mateus 3:2
É muito intrigante saber que as pessoas iam ate o deserto para ouvirem que estavam vivendo de forma errada que precisavam se arrepender. Pois essa é a mensagem principal de João Batista. Uma mensagem amarga, mas que atraia.
Imaginem um homem vestido daquele jeito que comia coisas diferentes, que estava no deserto pregando um mensagem dura. Será que essa não é a figura de muitos missionários espalhados pelo mundo afora.
Conclusão
Creio profundamente que Deus te chamou para sair do ventre, do conforto da igreja para um entrar no centro da vontade dele, vivendo segundo sua vontade onde e como ele quiser levando uma mensagem de vida, num papel perigoso e doloroso, mas estando no centro da sua vontade quando uma vida é salva tudo valera apena.
MENSAGEM MINISTRADA PELO SEMINARISTA ALEXANDRE PAULO NO SEMINARIO BATISTA CARIOCA, NO FECHAMENTO DO CURSO DE HOMILÉTICA.
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